A maior usina hidrelétrica do Brasil, a Itaipu, em Foz do Iguaçu (a 637 km de Curitiba, PR), completa 40 anos neste sábado (17). A data considerada pela Itaipu Binacional é a da criação da empresa, em 17 de maio de 1974, e o início das obras, no mesmo ano.
Existem outras datas marcantes: a inauguração da usina em si foi em novembro de 1982, e a entrada em operação comercial foi em 5 de maio de 1984 (há 30 anos).
A usina foi feita num longo cânion escavado pelo Rio Paraná. Em 1973, foi esse o ponto escolhido pelos engenheiros e técnicos que desenvolviam o projeto da nova usina.
Em 1974, com a chegada das primeiras máquinas ao canteiro de obras, começaria a ser construída Itaipu.
Um “trabalho de Hércules”, na avaliação da revista “Popular Mechanics”, dos Estados Unidos, que em 1995 incluiu a usina entre as sete maravilhas mundiais da engenharia.
Entre 1975 e 1978, mais de 9.000 moradias foram construídas nas duas margens para abrigar os homens que atuavam na obra. Foi necessário erguer até um hospital, o Madeirinha, que mais tarde se tornaria o Costa Cavalcanti.
À época, Foz do Iguaçu era uma cidade com apenas duas ruas asfaltadas e cerca de 20 mil habitantes. Em apenas dez anos, a população saltou para 101.447 habitantes.
No pico das obras, Itaipu utilizou cerca de 40 mil trabalhadores no canteiro de obras e nos escritórios de apoio no Brasil e no Paraguai.
A construção causou polêmica ambiental. Animais perderam seu habitat. As cataratas conhecidas como Sete Quedas deixaram de existir.
No dia 5 de novembro de 1982, os presidentes do Brasil, João Figueiredo, e do Paraguai, Alfredo Stroessner, acionaram o mecanismo que levanta automaticamente as 14 comportas do vertedouro e liberam a água represada do Rio Paraná.
Assim, foi oficialmente inaugurada a então maior hidrelétrica do mundo, após mais de 50 mil horas de trabalho.
A produção de 2013 -98.630.035 MWh- garantiu 17% de toda a energia elétrica consumida no Brasil e atendeu 75% da demanda paraguaia.
Mesmo com capacidade 60% superior, a usina chinesa de Três Gargantas –a maior do mundo, com 22.400 MW de potência contra os 14 mil MW de Itaipu– não superou o volume gerado pela binacional brasileiro-paraguaia em 2012 e em 2013.
Fonte: http://economia.uol.com.br/