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Estudo inédito aponta mudanças na distribuição de indústrias pelo Brasil

Estudo inédito aponta mudanças na distribuição de indústrias pelo Brasil

Imagem meramente ilustrativa

Um estudo inédito revela as mudanças ocorridas em dez anos na distribuição das indústrias pelo território nacional.

Onde estão as indústrias brasileiras? Elas continuam mais presentes nos estados mais ricos. Só que o peso de cada região nesse setor passou por mudanças desde 2001. A conclusão é de um estudo inédito da CNI (Confederação Nacional da Indústria), que mapeou a distribuição geográfica das fábricas no Brasil.

São Paulo ainda é de longe o maior parque industrial do Brasil, mas perdeu força nos últimos anos. A participação das fábricas paulistas em toda a indústria caiu de 39% para 31% em uma década.

“São Paulo teve um crescimento muito mais forte do setor de serviços e toda a área financeira de São Paulo também cresceu muito. Praticamente é o centro financeiro do país hoje e isso rivaliza com a indústria, fazendo com que ela perca importância um pouco”, explica Renato da Fonseca, gerente de pesquisa da CNI.

Além de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Bahia reduziram sua participação. Outros estados aumentaram a sua contribuição. Foi no Rio de Janeiro onde a indústria mais se fortaleceu, principalmente pelos investimentos em petróleo e gás.

As fábricas de Minas Gerais e do Tocantins também ganharam mais peso. Em termos regionais, Norte, Centro-Oeste e Nordeste tiveram expansão, ao contrário do Sul e Sudeste.

“As empresas poderão ir para regiões onde é mais barato produzir, onde tem pessoal técnico especializado e onde tem mão de obra barata”, afirma Evaldo Alves, economista da FGV-SP.

A pesquisa também confirma um dado que preocupa: o setor industrial como um todo está encolhendo. Para o economista da CNI, os empresários precisam recuperar a confiança.

“Na medida em que isso começar a se desenvolver, principalmente na área de infraestrutura, na área de relações de trabalho e de tributos, o empresário volta a investir e isso alimenta um ciclo de investimento”, pontua o economista Evaldo Alves.

Fonte: http://g1.globo.com