O consumo de energia deve triplicar até 2050 no país, passando dos atuais 513 TWh para 1.624 TWh, de acordo com o estudo Demanda de Energia 2050 divulgado pela Empresa de Pesquisa Energética. Este é o segundo dos cinco relatórios, que compõem o Plano Nacional de Energia 2050, a ser lançado em breve. Já o consumo total de energia vai passar de 267 milhões de toneladas equivalentes de petróleo para 605 milhões de TEP.
“Apesar do consumo de energia dobrar até 2050, esse crescimento será bem inferior ao crescimento do PIB, o que é positivo do ponto de vista ambiental”, avaliou Mauricio Tolmasquim, presidente da EPE, em nota à imprensa. No período 2013-2050, o consumo total de eletricidade cresce à taxa média de 3,2% ao ano e o consumo de energia, a 2,2% a.a., enquanto o PIB cresce a 3,6% ao ano.
Isso decorre do aumento da importância da eficiência energética, que permitirá reduzir em 20% o consumo total de energia no país. Essa economia é equivalente a 86 GW de capacidade instalada, ou seis usinas de Itaipu, além de 15 bilhões de litros de etanol por ano e de gás suficiente para atender hoje a indústria nacional. Para este resultado, segundo a EPE, serão fundamentais políticas públicas para incentivo à penetração de tecnologias mais eficientes e construções sustentáveis, alteração de estrutura modal de transporte de carga, incentivo à mobilidade urbana, dinamização do mercado de serviços energéticos, entre outros.
Outra mudança deverá ser a maior participação de veículos híbridos e elétricos no país. Em 2050, estima-se que mais de 50% da frota de veículos leves será composta por carros flex, movidos a gasolina, etanol e eletricidade, e outros 10% usarão apenas eletricidade. Os carros elétricos deverão ser responsáveis por 5% da demanda de energia no país. O setor residencial quase triplica, no período 2013-2050, o consumo de energia, com o consumo médio por residência dobrando.
A EPE chama atenção ainda para o crescimento da geração distribuída, com destaque para a energia solar. Pelas projeções da empresa de pesquisa, serão instalados 33 GWp em aproximadamente 15% dos domicílios totais em 2050, atendendo assim 13% da demanda elétrica das residências. Além disso, o aquecimento solar deverá atender a 20% dos domicílios, evitando o consumo de 8 TWh. O consumo de gás natural crescerá a 3,6% ao ano, alcançando 212 milhões de metros cúbicos por dia, quase quatro vezes o consumo atual, excluindo as termelétricas. O insumo atenderá 11% da demanda energética. Para acessar o estudo Demanda de Energia 2050.
Fonte: http://www.canalenergia.com.br