A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) divulgou nesta semana as novas bandeiras tarifárias do mês para todo o país, ou seja, o valor da tarifa de energia na conta de luz de cada cidadão.
Em época de índices baixíssimos de reservatórios de água, o Governo Federal acionou usinas termelétricas para evitar um possível racionamento de energia, isso significa que, a partir de 2015, a conta de luz poderá vir mais cara. A bandeira vermelha indicada na conta de luz deste mês de julho confirma o uso de energia vinda de termelétricas.
Outra medida do Governo é divulgar a necessidade da redução do consumo de água e energia pelo cidadão. Além de medidas comuns como redução de tempo no banho e desligar aparelhos sem uso das tomadas, é importante ficar atento à fuga de corrente elétrica. Este é um problema comum nas edificações, porém pouco conhecido e, em várias situações, é um dos principais motivadores do aumento na conta de luz. Uma fuga de corrente elétrica pode causar ainda danos ao equipamento, choques elétricos e até mesmo um incêndio. Mas como se proteger desses problemas e do gasto adicional de energia e dinheiro?
Uma maneira simples de comprovar se há fuga de corrente elétrica numa instalação é desconectar todos os equipamentos da casa da tomada e desligar todas as lâmpadas e acompanhar o relógio medidor de energia: se não houver fuga, o marcador apontará o índice zero; se houver fuga, o marcador registrará algum consumo de energia.
No caso das instalações elétricas, a fuga da corrente elétrica pode ser provocada, por exemplo, por um cabo sem isolamento em contato com alguma parte metálica. “Essa situação não reflete necessariamente um curto-circuito clássico, uma vez que a intensidade da corrente elétrica pode ser relativamente pequena quando comparada a um curto-circuito franco. Por exemplo, um cabo de fase que tenha uma parte de sua isolação muito envelhecida ou danificada está em contato com uma parte metálica de uma tubulação qualquer. Num caso como este, a corrente elétrica originada não é suficiente para acionar a proteção do fusível ou disjuntor, mas pode ser importante o suficiente para aumentar o consumo de energia, provocar choques elétricos muito perigosos e, em situações extremas provocar incêndios ”, explica o engenheiro eletricista e consultor do Procobre, Hilton Moreno.
Para se proteger de um risco em potencial e evitar ou reduzir bastante a fuga de corrente elétrica, seguem algumas dicas:
1 Certifique-se de que a instalação elétrica não tem fuga; para isso apague todas as luzes, desconecte todos os equipamentos elétricos, incluindo relógios, e verifique se o medidor de energia para de girar (modelos antigos) ou seu display não indica consumo algum (medidores mais novos). Caso o medidor continue a indicar consumo, é necessário revisar a instalação. Lembre-se de que a fuga de corrente significa aumento na conta de luz;
2 As instalações elétricas precisam passar por revisão e manutenção preventiva realizada por profissional qualificado no mínimo a cada 10 anos;
3 Antes de fazer qualquer reparo, é importante que seja desligada a chave geral;
4 Nunca conecte vários equipamentos em uma mesma tomada, pois essa medida pode provocar sobrecarga na instalação e perigo de superaquecimento; também provoca uma operação deficiente, possíveis interrupções de energia, curtos-circuitos e danos a longo prazo;
5 Em caso de curto-circuito, desconecte imediatamente o equipamento que o causou e todos os demais, apague todas as lâmpadas e chame imediatamente um profissional qualificado.
6 O equipamento causador do curto deve ser reparado antes de ser colocado em uso novamente;
7 Jamais utilize moedas, fios, lâmina de estanho ou alumínio no lugar de fusíveis e disjuntores.
Fonte: http://www.hmnews.com.br